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Notícias

Sintomas de covid longa podem confundir pacientes e necessitar de avaliação médica

Após a diminuição dos números de mortos e infectados por covid-19, sobretudo por conta do avanço da vacinação, outras condições, como a covid longa, passaram a chamar a atenção de especialistas. Entre os sintomas da covid longa destacam-se fadiga com interferência na vida diária, dores de cabeça e no peito, além de febre, tosse persistente e dificuldades para respirar. As semelhanças dessas manifestações com as de outras doenças, principalmente a covid aguda, podem confundir a população e, por conta disso, a atuação de um médico torna-se essencial.

De acordo com um estudo da Fundação Oswaldo Cruz de Minas Gerais (Fiocruz Minas) publicado na revista Transactions of The Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene, metade das pessoas diagnosticadas com a covid-19 apresenta sequelas que podem perdurar por mais de um ano. O estudo acompanhou 646 pacientes, dos quais 324 desenvolveram a chamada covid longa. Segundo o infectologista Fernando Bellissimo Rodrigues, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, essa condição, que também pode ser chamada de síndrome pós-covid, é “a persistência de sintomas variados, nos mais diversos sistemas, por mais de três meses após a infecção aguda pela covid. Sintomas esses que não estavam presentes antes da infecção”.

Para a fisioterapeuta Lívia Pimenta Bonifácio, pesquisadora e pós-doutora em Saúde Pública também pela FMRP, a covid longa não necessariamente tem a capacidade de mascarar outras doenças, mas sim de antecipar a chegada de condições preexistentes. “Se o paciente poderia ter uma propensão, futuramente, a ter algum problema cardiovascular e é acometido pela covid-19, todo o processo virulento, a patogenicidade viral e todo o mecanismo de danos endoteliais e microvasculares que o sars-cov-2 oferece acabam antecipando um problema que poderia aparecer muito tardiamente ou nem aparecer”, afirma.

A importância da consulta

Essa possibilidade de a covid longa antecipar certas condições faz com que a consulta com um médico, na visão de Lívia, torne-se ainda mais importante. Segundo a fisioterapeuta, cada paciente tem sua especificidade. “A gente não sabe se, antes de ser acometido pela covid, ele já estava investigando algum outro problema de saúde ou apresentava outros sinais, tanto em relação à parte cardiovascular como em relação à perda de memória. Temos que tomar cuidado para não generalizar. O que a gente percebeu no pós-covid é que os sintomas mais longos, que permanecem e são apresentados mais tardiamente, são os relacionados à parte cardiovascular, à parte oftalmológica e neurológica”, destaca a pesquisadora.

Embora não haja um teste específico para identificar a covid longa, como acontece com a forma aguda da doença, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) detectou que, em média, de 10% a 20% dos infectados pela covid-19 apresentam, posteriormente, sintomas da síndrome pós-covid. De acordo com Rodrigues, a incidência da condição prolongada, todavia, é relacionada à presença de sintomas na fase aguda – o que representa uma boa notícia para os assintomáticos – e à vacinação. Isso, inclusive, representa uma outra boa perspectiva com relação à queda da ocorrência de covid longa. “Nós vimos muito mais covid longa lá atrás, após a primeira e a segunda ondas, do que estamos vendo agora. Mas é sabido que um porcentual significativo das pessoas não vacinadas que tiveram covid sintomática vão desenvolver sintomas prolongados”, conclui o professor.

Foto: Thirdman via Pexels

Crédito: matéria publicada no Jornal USP, por Hugo Luque .

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