Alta foi impulsionada pelo aumento da produção doméstica e das importações
No acumulado de janeiro a setembro de 2018, o índice de consumo aparente – que reflete o comportamento do mercado de produtos para a saúde – cresceu 14,8% na comparação com o mesmo período de 2017. A alta foi impulsionada pela elevação de 6,5% na produção doméstica e de 20,8% nas importações, segundo dados da ABIMED – Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde.
As importações totalizaram US$ 2,6 bilhões, puxadas principalmente por materiais e aparelhos para odontologia, que cresceram 41,7% no período. Importações de equipamentos de diagnóstico por imagem tiveram alta de 27,6% enquanto que as compras externas relativas à ortopedia e audiologia subiram 20% cada.
“O aumento das importações de equipamentos de diagnóstico por imagem reflete a retomada dos investimentos em unidades de prestação de serviços de saúde, seja em hospitais, clínicas ou laboratórios que atuam nessa área”, analisa Carlos Goulart, presidente-executivo da ABIMED.
As exportações dos produtos para a saúde, por sua vez, recuaram 9,1% de janeiro a setembro, gerando um déficit de US$ 2,2 bilhões na balança comercial do setor.
Já em relação à geração de empregos, os dados do período são positivos. Subiram 8,9% na indústria de aparelhos eletromédicos, eletroterapêuticos e de radiação e 4,8% na indústria de instrumentos e materiais para uso médico e odontológico e de artigos ópticos, totalizando cerca de 63 mil postos de trabalho nesses segmentos.
Sobre a ABIMED
A ABIMED congrega cerca de 220 empresas de tecnologia avançada na área de equipamentos, produtos e suprimentos médico-hospitalares. As empresas associadas da ABIMED respondem por 65% do faturamento do segmento médico-hospitalar. O setor de produtos para saúde tem participação de 0,6% no PIB brasileiro e conta com mais de 13 mil empresas.
Criada em 1996, a ABIMED é sócia-fundadora do Instituto Coalizão Saúde, membro do Conselho Consultivo do Instituto Ética Saúde e foi a primeira entidade da área da Saúde a criar e implementar um Código de Conduta para as empresas. A associação também coopera com a Anvisa e com órgãos públicos da Saúde, fomentando a implementação de políticas e regulamentações que proporcionem à população acesso rápido a novas tecnologias e a inovações, em um ambiente ético de negócios.