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O Setembro Vermelho, mês em que é celebrado o Dia Mundial do Coração (29 de setembro), tem como objetivo alertar a população sobre as doenças cardiovasculares; as formas de prevenção; a importância da detecção precoce e da adesão ao tratamento. Principal causa de morte no mundo, as doenças cardiovasculares representam cerca de um terço dos óbitos registrados globalmente. Apenas no Brasil, entre 1º de janeiro e 5 de setembro deste ano, cerca de 275 mil pessoas morreram em decorrência desse tipo de doença, de acordo com o cardiômetro, um indicador do número de mortes por doenças cardiovasculares no país criado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
Aliada no combate às doenças do coração, a medicina nuclear auxilia no diagnóstico de isquemia. A investigação é feita por meio da cintilografia, um exame diagnóstico por imagem, cujo nome deriva do termo “cintilação”, que é o principal fenômeno no processo de formação da imagem, a partir da radiação emitida pelo órgão que está sendo examinado. Por acessar prioritariamente o funcionamento dos órgãos, o exame promove diagnósticos sensíveis e precoces da isquemia do coração.
De acordo com a médica especialista em diagnóstico do coração, Estelita Tinoco, do Centro Diagnóstico Lucilo Ávila, “além de ser um exame não invasivo de grande sensibilidade, ele avalia não só a forma do órgão, mas principalmente sua função. Como as alterações funcionais habitualmente precedem as alterações anatômicas, via de regra, as cintilografias costumam ser bastante precoces na detecção de doenças”. O exame pode diagnosticar a isquemia do músculo cardíaco antes mesmo do surgimento de sintomas, sendo um poderoso aliado dos cardiologistas na instituição do tratamento mais adequado a cada paciente e ajudando a salvar vidas.
O médico Mitchell Lewis, especialista em medicina nuclear, enfatiza que o exame deve ser requisitado por um cardiologista após avaliação médica e ressalta a importância da prevenção. “O Setembro Vermelho é o mês de focar na prevenção das doenças cardiovasculares, principalmente através da modificação dos estilos de vida, de hábitos alimentares, rotinas de atividade física, além de mudança de hábitos relacionados a tabagismo e ingestão excessiva de bebidas alcoólicas. Tudo isso sob a supervisão do cardiologista, profissional habilitado para avaliar e orientar as pessoas nesse sentido”, afirma.
FONTE: DIÁRIO DE PERNAMBUCO