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Notícias

Programa de exercícios diminui sintomas de covid longa e melhora a qualidade de vida

Treinos tiveram duração de 16 semanas e foram acompanhados por pesquisadores. Houve melhora nas funções cardiorrespiratória e pulmonar, além da funcionalidade e força muscular

Prática de exercícios físicos em casa

Fraqueza muscular, fadiga e falta de ar são alguns dos sintomas mais comuns da covid longa, condição caracterizada pela persistência dos sintomas a partir de 12 semanas após a infecção pelo vírus sars-cov-2. Segundo estudos, a covid longa afeta cerca de 40% dos pacientes que tiveram a forma mais grave da doença. Em vista desse problema mundial de saúde, uma pesquisa da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) estudou os efeitos de um programa de exercícios físicos para a recuperação destes pacientes e obteve resultados positivos para a melhora da qualidade de vida e das sequelas temporárias da doença.

“Essa condição se torna um problema de saúde pública porque, se por um lado conseguimos conter o espalhamento do vírus e diminuir a gravidade das infecções, por outro, o número de pessoas contaminadas foi elevado e, por isso, o número de pessoas que vão requerer algum auxílio para se recuperar também é muito grande”, explica Hamilton Roschel, coordenador do Grupo de Pesquisa em Fisiologia Aplicada e Nutrição da FMUSP.

Hamilton Roschel – Foto: Arquivo Pessoal

O estudo, parte do trabalho de doutorado de Igor Longobardi, foi feito com pacientes de 45 anos ou mais que tiveram covid grave, internados na UTI do Hospital das Clínicas entre novembro de 2020 e abril de 2022. Os pesquisadores construíram programas de treinamento físico domiciliar personalizados e semi-supervisionados para cada participante após avaliação, com atividades fáceis de serem realizados em casa, como exercícios aeróbicos (caminhadas) e de força (com sobrecarga) para trabalhar quadril, tronco, pernas e braços. “É um programa desenhado para que o paciente possa fazer no seu ambiente domiciliar, sem necessidade de equipamentos adicionais”, segundo Hamilton Roschel.

O programa durou 16 semanas, com três treinos semanais, sendo um deles acompanhado por um pesquisador em tempo real, de forma remota. Durante a pesquisa foram analisadas a qualidade de vida relacionada à saúde e as funções cardiorrespiratória e pulmonar, a funcionalidade e a força muscular.

 

Treinamento individualizado

Roschel destaca que o programa foi especificamente desenvolvido para pacientes que tiveram casos graves de covid com sintomas persistentes, uma vez que foi desenhado com base na escala funcional pós-covid (PCFS), que mede a funcionalidade dos indivíduos após infecção pela doença. Ou seja, um programa customizado para as necessidades de cada paciente. “As atividades também progrediram em intensidade, complexidade e duração à medida que o sujeito melhorava na escala funcional”, explica.

Os pesquisadores notaram melhora em parâmetros cardiorrespiratórios, por exemplo, no consumo de oxigênio e recuperação da frequência cardíaca após esforço, diminuição da gordura corporal, e a redução de sintomas relacionados à doença. “Os pacientes diminuíram o número total de sintomas, e de maneira ainda mais enfática, sintomas como dor muscular, fadiga e fraqueza.”

A qualidade de vida relacionada à saúde também apresentou melhora significativa, segundo os dados coletados por um questionário padronizado que media função, dores no corpo, vitalidade, função social, saúde mental e emocional, entre outros. O programa melhorou todos os domínios analisados, com destaque para os componentes físicos, funcionamento físico, vitalidade e saúde geral.

“O que observamos é que esse programa, que foi especificamente desenhado para essa população, foi ausente de intercorrências e, mais importante, também foi efetivo e capaz de melhorar os domínios físicos da qualidade de vida, além de melhorar a capacidade funcional e reduzir os sintomas persistentes.”

Apesar de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter decretado o fim da emergência de saúde pública, os efeitos da covid longa ainda são um problema, principalmente no Brasil, país muito afetado pela doença. Roschel acredita que mais pesquisas são necessárias, mas que a aplicação do programa no sistema de saúde apresenta grande potencial por causa dos benefícios observados e por não requerer infraestrutura especializada, o que, em tese, permitiria sua aplicação em larga escala.

Também colaboraram com o estudo os pesquisadores Bruno Gualano, Karla Fabiana Goessler, Gersiel Nascimento de Oliveira Junior, Danilo Marcelo Leite do Prado, Jhonnatan Vasconcelos Pereira Santos, Matheus Molina Meletti, Danieli Castro Oliveira de Andrade, Saulo Gil, João Antônio Spott de Oliveira Boza e Fernanda Rodrigues Lima.

Mais informações: e-mail hars@usp.br, com Hamilton Roschel

Matéria – Jornal USP – Texto: Julia Custódio

Arte: Gabriela Varão

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