De acordo com um estudo publicado on-line em 18 de dezembro no periódico Journal of the American Heart Association, o consumo pesado de bebidas alcoólicas tem um efeito adverso sobre biomarcadores de lesão e inflamação cardíacas.
Olena Iakunchykova, da Universidade Ártica da Noruega em Tromsø, e colegas recrutaram uma amostra aleatória de 2.479 participantes do noroeste da Rússia (população geral) mais 278 pacientes apresentando problemas com álcool de uma clínica para tratamento de problemas com narcóticos. Com base no nível autorrelatado de consumo de álcool, a amostra da população geral foi classificada em bebedores nocivos, bebedores de risco, bebedores não problemáticos e não bebedores.
Os pesquisadores descobriram que, em relação aos não bebedores na população geral, a subamostra da clínica de narcologia tinha o padrão de bebida mais extremo e os níveis mais elevados de três biomarcadores para lesão e inflamação cardíacas: A troponina T cardíaca de alta sensibilidade estava elevada em 10,3%; a porção N‑terminal do pró‑peptídeo natriurético tipo B (NT‑proBNP) estava elevada em 46,7%; e a proteína C reativa de alta sensibilidade (hsCRP) estava elevada em 69,2%. Na amostra geral da população, em comparação com bebedores não problemáticos, os bebedores nocivos tinham uma NT-proBNP 31,5% mais elevada. Com o aumento na intensidade da exposição ao álcool, a NT‑proBNP e a hsCRP estavam aumentadas.
“O estudo se soma ao que já sabemos sobre as consequências do consumo pesado de álcool sobre a saúde”, disse Iakunchykova em uma declaração. “Agora estamos estudando imagens de ultrassom do coração batendo para nos ajudar a identificar os tipos precisos de lesões cardíacas associadas ao consumo pesado e nocivo de álcool.”
Com informações de HealthDay.