Por: Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues
Introdução
A definição de inteligência tem sido um tema amplamente debatido na psicologia, com várias teorias propondo diferentes abordagens para entender essa complexa característica humana. Alguns estudiosos veem a inteligência como uma habilidade única e geral, enquanto outros defendem que ela abrange uma série de aptidões, habilidades e talentos. Em uma análise mais pragmática, a inteligência pode ser descrita como a capacidade cognitiva superior à média, aliada à criatividade e ao uso eficiente dos recursos mentais para resolver problemas diários. Além disso, a estabilidade emocional e a comunicação eficaz são essenciais para uma vida intelectual plena e saudável (Rodrigues, 2022).
Comportamentos Cognitivos da Inteligência
A inteligência pode ser desmembrada em comportamentos específicos que revelam a percepção cognitiva do outro como inteligente. Tais comportamentos incluem a manipulação, comunicação, conhecimento, poder de convencimento, aprendizado com erros, menor nível de neuroticismo, fácil adaptação, curiosidade, reconhecimento das próprias limitações e conexão com pessoas inteligentes.
Manipulação: Capacidade de desenvolver estratégias que beneficiem todas as partes envolvidas, evitando prejuízos. Envolve memória, tomada de decisão, criatividade e persuasão (Rodrigues, 2022).
Comunicação: Essencial para manipulação, conquista e saúde mental. Requer a ativação de memórias visuais, olfativas, auditivas e diversas funções cerebrais, como a prosódia emocional e o córtex pré-frontal (Rodrigues, 2022).
Conhecimento: Amplo conhecimento em diálogo é associado à inteligência. Está relacionado à memória, atenção e decisão. Envolve todas as áreas do cérebro, com destaque para o hipocampo na formação e consolidação das memórias (Rodrigues, 2022).
Poder de Convencimento: Necessita de argumentos coerentes e comprovações, usando criatividade, memória, persuasão e atenção (Rodrigues, 2022).
Aprendizado com os Erros: Comportamento comum em pessoas inteligentes, que aprendem com tentativas e erros, refletindo a curiosidade e a vontade de adquirir conhecimento (Rodrigues, 2022).
Menor Nível de Neuroticismo: Pessoas inteligentes tendem a ser menos neuróticas e mais conscienciosas, implicando em um autoconhecimento profundo e uma personalidade resiliente (Rodrigues, 2022).
Fácil Adaptação: Inteligentes adaptam-se facilmente a novos ambientes, baseando-se em memórias preventivas e segurança no risco (Rodrigues, 2022).
Curiosidade: A busca incessante por novos conhecimentos é uma característica marcante. Está relacionada ao aprendizado e ao desenvolvimento de fortes conexões neuronais (Rodrigues, 2022).
Reconhecimento das Próprias Limitações: Saber os próprios limites e apreciar o que se possui, promovendo a economia de energia e melhorando o humor (Rodrigues, 2022).
Conexão com Pessoas Inteligentes: Busca por ambientes com indivíduos igualmente inteligentes para potencializar o aprendizado e a sobrevivência (Rodrigues, 2022).
Fatores Cruciais da Inteligência
A inteligência envolve várias capacidades mentais, tais como tomada de decisão, lógica, prevenção, memória, criatividade e foco atencional.
Tomada de Decisão: Baseia-se na comunicação entre o córtex pré-frontal e o hipocampo, refletindo memórias passadas e influências culturais (Rodrigues, 2022).
Lógica: Envolve o lobo frontal, responsável pelo planejamento, organização, raciocínio e gestão emocional (Rodrigues, 2022).
Prevenção: Avaliação de riscos baseada em memórias e avaliações do córtex pré-frontal e sistema límbico (Rodrigues, 2022).
Memória: Capacidade de adquirir, armazenar e recuperar informações, consolidando-se em diferentes regiões cerebrais, como o hipocampo e o neocórtex (Rodrigues, 2022).
Criatividade: Produto de um cérebro com muitas conexões, predominantemente do hemisfério direito e envolvendo o córtex pré-frontal (Rodrigues, 2022).
Foco Atencional: Habilidade de controlar a concentração, crucial para a memorização, com envolvimento do córtex pré-frontal esquerdo (Rodrigues, 2022).
Conclusão
Este artigo revisa e esquematiza as regiões cerebrais que influenciam a lógica e outros processos relacionados à inteligência, destacando a importância da criatividade e da eficiência energética na resolução de problemas do cotidiano.
Referências:
Rodrigues, F. de A. (2022). A inteligência além da lógica – entendendo a semântica da personalidade inteligente. Recisatec – Revista Científica Saúde e Tecnologia, 2(7). https://doi.org/10.53612/recisatec.v2i7.157
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