Infecção por Klebsiella pneumoniae mata 11 bebês em hospital no Quênia

Onze bebês morreram na semana passada na maternidade do Nacional Kenyatta (KNH), em Nairóbi, o maior hospital público do Quênia, por causa de uma infecção bacteriana causada por Klebsiella pneumoniae.

Imagem ilustrativa. Reprodução de Folha

 

Klebsiella pneumoniae vive no aparelho digestivo, embora seja encontrada em qualquer lugar do meio ambiente e no intestino de muitos seres vivos. Entre os fatores de risco para contraí-la está a prematuridade, por isso as unidades de neonatologia são espaços nos quais é frequente a detecção de focos.

As enfermeiras do hospital queniano, sem o material para preparar sondas nasogástricas (que atravessa o nariz e chega até o estômago) para alimentar os bebês, tiveram que improvisar um mecanismo usando tubos para aspirar líquidos e seringas, que provocavam sangramentos nos bebês.

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Uma inspeção na terça e na quarta-feira passadas mostrou que não há berços para todos os recém-nascidos e é preciso colocar mais de um bebê por unidade, um fato que aumenta o risco de contrair infecções, segundo as fontes.

Uma delas, do departamento de comunicação do hospital, recusou fazer declarações sobre o caso quando procurada pela Agência Efe: “Não posso fazer comentários sobre isso”, disse. Segundo os relatórios preliminares aos quais o jornal “Daily Nation” teve acesso, a atual taxa de mortalidade na maternidade é de 48%.