Fumaça, calor e falta de chuva: veja cuidados com os pets

Veterinário disse que, assim como os humanos, os bichos também podem ser afetados por condições climáticas adversas. Tutores têm que ficar atentos à saúde do animalzinho.

Um combo climático de problemas atinge Belo Horizonte esta semana: não chove na cidade há quase 140 dias, faz muito calor e uma névoa densa de fumaça paira no céu da capital mineira há dias. 

Assim como os humanos, os animais de estimação também estão susceptíveis a essas adversidades e podem adoecer. 

O médico-veterinário Bruno Divino dá dicas para proporcionar bem-estar aos cães e gatos. Uma delas é que os animais tenham acesso irrestrito à água, que pode até ser servida com pedras de gelo. 

Além dessa orientação, o especialista listou uma série de cuidados que devem ser seguidos pelos tutores em dias em que o “maçarico estiver ligado”. 

Água e alimentação 

  •  Sirva água fresca abundantemente; 
  • Ofereça frutas que tenham caldo, como melancia e melão. As cítricas devem ser evitadas. Uva jamais deve ser dada aos animais; 
  • Para os gatos, sirva ração úmida, além da seca; 
  •  Picolés feitos com frutas, próprios para cachorros e gatos, podem ser oferecidos; 
  •  Água de coco à vontade; 
  • Gelatina sem açúcar também é uma alternativa refrescante. 

 

Ambiente fresco e umidificado 

  •  Ligue o umidificador elétrico no ambiente onde o pet fica; 
  • Caso o tutor não tenha o aparelho, uma bacia e um balde com água também ajudam; 
  • Uma toalha encharcada com água ainda é uma alternativa; 
  • Deixe o animal na sombra, em local fresco, com corrente de ar. 

 

Solução fisiológica 

  • A solução fisiológica pode ser aplicada nos olhos; 
  • Não aplique nos ouvidos; 
  • No nariz, o ideal também é não pingar, porque os bichos ficam irritados. A exceção é quando eles estiverem espirrando, mas, neste caso, é preciso ter orientação do veterinário. 

Temperatura corporal 

Bruno Divino explicou que cães e gatos não transpiram e, por isso, não têm como regular a temperatura do corpo. 

“Eles têm dificuldade de esfriar o corpo e, em alguns casos, podem até morrer com o excesso de temperatura”, pontuou o professor universitário. 

Ele disse ainda que os animais com focinho curto, principalmente os gatos, têm dificuldade para respirar. 

🚿 Como alternativa, Divino recomenda dar banho frio no animal, o que ajudar na regulação térmica do corpo. 

Problemas respiratórios 

🥵 Caso o animal esteja ofegante ou tenha qualquer outra dificuldade para respirar, Bruno Divino indica que o tutor providencie atendimento veterinário para o animal. 

Caminhada 

🚶🏽 Segundo o médico-veterinário, o ideal é que o animal seja levado para passear no começo da manhã, até as 9h, ou após as 17h. 

😎 A caminhada não é recomendada caso o chão/calçada/asfalto estejam quentes, pois podem queimar as almofadinhas das patas; 

🥤 O tutor precisa levar uma garrafa com água para servir ao animal; 

🐶 Durante o passeio, caso o animal “empaque”, é preciso respeitá-lo porque ele chegou ao limite. Neste caso, o bicho deve ser carregado pelo tutor. 

🐶 Caso o tutor insista na caminhada, o pet pode ter hipertermia (elevação da temperatural corporal). 

Tutor, fique atento! 

 Caso o tutor tome todas essas providências e mesmo assim o animal fique prostrado, é preciso procurar ajuda veterinária. 

Ondas de calor 

🔥 Os animais não perdem temperatura pela respiração e nem pela transpiração, porque os pelos mantêm o calor do corpo. 

🔥 O tempo seco e quente prejudica as barreiras de defesa do aparelho respiratório, o que pode causar traqueíte – dor e infecção de garganta – que deve ser tratada com antibióticos sob orientação veterinária. Esse quadro também pode vir acompanhado da doença infectocontagiosa tosse dos canis. 

🐩 A fumaça pode irritar as vias aéreas dos cães, principalmente os de pequeno porte, como os poodles e yorkshires. Mas, segundo Divino, os gatos são os mais prejudicados. 

Matéria – Por Alex Araújo, g1 Minas — Belo Horizonte