Visão geral de privacidade
Este site usa cookies para melhorar sua experiência enquanto você navega pelo site. Destes, os cookies categorizados conforme necessário são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para o funcionamento das funcionalidades básicas do site. Também usamos cookies de terceiros que nos ajudam a analisar e entender como você usa este site. Esses cookies serão armazenados no seu navegador apenas com o seu consentimento. Você também tem a opção de desativar esses cookies. Mas a desativação de alguns desses cookies pode afetar sua experiência de navegação.
Os cookies necessários são absolutamente essenciais para o bom funcionamento do site. Esses cookies garantem funcionalidades básicas e recursos de segurança do site, anonimamente.
Os cookies funcionais ajudam a executar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.

No cookies to display.

Os cookies de desempenho são usados ​​para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência de usuário aos visitantes.

No cookies to display.

Os cookies analíticos são usados ​​para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas de número de visitantes, taxa de rejeição, origem de tráfego, etc.

No cookies to display.

Os cookies de publicidade são usados ​​para fornecer aos visitantes anúncios e campanhas de marketing relevantes. Esses cookies rastreiam os visitantes em sites e coletam informações para fornecer anúncios personalizados.

No cookies to display.

Outros cookies não categorizados são aqueles que estão sendo analisados ​​e ainda não foram classificados em uma categoria.

No cookies to display.

Notícias

Estudo ajuda a entender como funciona enzima envolvida em doenças autoimunes

Representação esquemática do efeito de agregação ou do ambiente celular sobre a estrutura e a atividade da enzima TCPTP (figura: May Thwe Tun et al./Journal of Biological Chemistry)

Envolvidas em uma série de processos biológicos, as enzimas fosfatases têm relação direta com diversas doenças. Uma proteína dessa classe, conhecida como PTPN2 (sigla em inglês para proteína tirosina fosfatase tipo 2 não receptora), é muito expressa em células T (linfócitos) do sistema imunológico (por isso, também é conhecida como proteína tirosina fosfatase de células T ou, simplesmente, TCPTP) e sua deficiência estimula respostas inflamatórias como as que ocorrem nos casos de diabetes tipo 1, artrite reumatoide, osteoartrite, lúpus e certos tipos de cânceres. Entender seu mecanismo molecular em laboratório, no entanto, era uma tarefa complexa, uma vez que seu comportamento era distinto no organismo.

Pesquisadores das universidades de São Paulo e da Califórnia em San Diego (Estados Unidos) conseguiram reproduzir em laboratório a performance in vivo da enzima e entender seu funcionamento, abrindo portas para a investigação de drogas que tenham eficácia sobre ela. Os resultados do estudo foram publicados no Journal of Biological Chemistry.

Apoiada pela FAPESP, a investigação teve início com uma extensa busca na literatura científica para que os autores pudessem pensar em estratégias a serem aplicadas nos ensaios in vitro a fim de mimetizar o ambiente intracelular. Isso foi alcançado após inúmeros ensaios experimentais sem sucesso.

“Descobrimos que, no interior de diferentes células humanas, a PTPN2 se agrega naturalmente, reduzindo sua ação enzimática e, então, em laboratório, lançamos mão de drogas denominadas crowding agents, que promovem essa agregação sem afetar a atividade da enzima”, explica Fábio Luis Forti, professor do Departamento de Bioquímica do Instituto de Química da USP (IQ-USP) e coautor do estudo.

Os pesquisadores acreditam que esse fator possa explicar por que uma enzima tão relevante ainda seja pouco entendida em nível molecular in vivo, apesar de muito investigada. A partir de agora, acreditam, novos estudos devem surgir. “Conseguimos reproduzir os mesmos resultados da atividade da PTPN2, inclusive em alvos que estão envolvidos diretamente nas respostas imunológicas.”

A enzima atua diretamente, por exemplo, na via de sinalização de JAK-STAT, a principal envolvida na expressão gênica voltada a respostas imunes. “Qualquer mecanismo químico, físico ou biológico que dispare uma resposta imune nas nossas células é normalmente mediado por essa via”, explica Forti.

Medicamentos diferenciados

Diferentemente de muitas enzimas envolvidas em cânceres e outras patologias, que se mostram muito presentes ou que têm mutações que as tornam muito ativas, exigindo a ação de drogas que bloqueiem seu funcionamento (a maioria dos medicamentos atua nesse sentido), o gene da PTPN2 apresenta polimorfismos (formas alternativas do gene) que levam à perda de sua função proteica – e isso está ligado ao fato de se agruparem naturalmente. Ou seja, é sua deficiência ou ineficácia enzimática que faz com que o paciente tenha inflamação e reação autoimune exacerbadas.

“Sabendo disso, podemos pesquisar melhor drogas de ação oral, nasal ou injetáveis já existentes que possam atuar diretamente na ativação dessa enzima nos casos em que ela está inativa naturalmente, que é o que ocorre no lúpus, na artrite reumatoide, no diabetes tipo 1, em certos linfomas, no câncer de mama e no glioblastoma [tumor maligno que afeta o cérebro e a coluna]”, afirma Forti.

“Além disso, nosso trabalho abre uma janela interessante de exploração para o desenvolvimento de novas drogas que tenham essas funções, que é o que pretendemos fazer na sequência por meio de varreduras de bibliotecas de compostos sintéticos e/ou naturais por tecnologias apropriadas baseadas nos ensaios que desenvolvemos com este estudo”, acrescenta.

Para contribuir com a missão, o grupo de pesquisadores dos Estados Unidos mantém colaborações com startups de biotecnologia e outras empresas farmacêuticas que estão atentas às últimas descobertas relacionadas a fosfatases, que ainda são alvos farmacológicos pouco explorados.

O artigo Macromolecular crowding amplifies allosteric regulation of T-cell protein tyrosine phosphatase pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0021925822010985?via%3Dihub.

 

Fonte: Julia Moióli | Agência FAPESP

@2020 – Todos os Diretors Reservados,  Newslab. por Fcdesign