Carbapenemases – Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos

As carbapenemases representam a mais versátil família das β-lactamases, apresentando uma atividade incomparável de hidrolise frente às outras β-lactamases descritas. São enzimas que apresentam a capacidade de hidrolisar significativamente no mínimo imipenem e/ou meropenem, junto com outros antimicrobianos β-lactâmicos (QUEENAN; BUSH, 2007; NORDMAN; POIREL, 2002).

Carbapenemases do tipo KPC

As carbapenemases do tipo KPC foram descritas pela primeira vez por Yigit et

  1. (2001) em um isolado de K. pneumoniae datado de 1996. Este isolado apresentou resistência a todos os β-lactâmicos testados, mas na presença de ácido clavulânico observou-se uma redução dos CIMs anteriormente mensurados. A esta carbapenemase foi atribuído o nome de KPC, e verificou-se que a mesma era codificada por um gene plasmidial e este foi denominado de blaKPC (YIGIT et al., 2001).

De acordo com o banco de dados do National Center for Biotechnology blaKPC17) até a presente data, apresentando uma maior prevalência em enterobactérias, mas com descrições pontuais da presença deste gene também em não fermentadores (ALMEIDA et al., 2012b; JÁCOME et al., 2012; ROBLEDO et al., 2010; VILLEGAS et al., 2007).

Isolados carreando o gene blaKPC apresentaram uma rápida disseminação mundial, já sendo detectados em todos os continentes. Essa rápida disseminação deve-se a presença do gene blaKPC em plasmídeos altamente conjugativos e sua associação com elementos genéticos móveis do DNA, como os transposons. Apesar de sua disseminação entre diferentes espécies, isolados de K. pneumomiae são até então os mais associados com a presença do blaKPC, o que dificulta o tratamento de infecções causadas por esse patógeno, já que K. pneumoniae exibe notória habilidade em acumular e transferir diferentes mecanismos de resistência.

No Brasil, isolados produtores de KPC foram descritos desde 2009 tornando-se endêmico em território nacional, já sendo descritos nas cinco regiões do Brasil (ALMEIDA et al., 2012a; ALMEIDA et al., 2012b; MONTEIRO et al., 2009; PEREIRA et al., 2012; ROSSI, 2011).

O tratamento de infecções causadas por micro-organismos produtores de KPC geralmente é realizado com tigeciclina ou polimixina B, já que normalmente ambos os antimicrobianos apresentam atividade in vitro e in vivo contra estes micro-organismos. Entretanto as opções terapêuticas ainda são limitadas, já que certos patógenos apresentam resistência intrínseca a estes dois antimicrobianos utilizados na terapia clínica, restando ao paciente o uso de terapia combinada para debelar a infecção (BRATU et al, 2005; ROCHE et al., 2009).

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