Por: Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues
Introdução
A busca pela beleza e pela harmonização corporal tem se tornado uma prática cada vez mais comum na sociedade contemporânea. Essa busca, frequentemente alimentada pela pressão social e pelas imagens idealizadas promovidas pelos meios de comunicação, está intimamente ligada à liberação de dopamina, um neurotransmissor que desempenha um papel central na motivação e na recompensa. A compreensão desse processo é crucial para profissionais da área estética, que devem equilibrar os desejos dos pacientes com uma abordagem ética e realista dos resultados.
A Dopamina e a Harmonização Corporal
A dopamina é conhecida como o neurotransmissor do prazer, desempenhando um papel fundamental na ativação dos circuitos de recompensa do cérebro. Quando uma pessoa atinge um objetivo desejado, como melhorar sua aparência física através de procedimentos estéticos, há uma liberação de dopamina que gera uma sensação de bem-estar e satisfação. Esse processo pode, entretanto, se tornar viciante, levando a uma busca contínua por novas intervenções estéticas em uma tentativa de reproduzir a sensação de prazer anterior(admin,+004+Março).
Procedimentos estéticos, como a harmonização facial e corporal, têm sido cada vez mais procurados, especialmente em sociedades onde a imagem corporal é supervalorizada. A liberação gradativa de dopamina associada a esses procedimentos pode reforçar o comportamento de busca por perfeição, muitas vezes resultando em uma percepção distorcida da própria imagem e em uma insatisfação constante com o corpo. Esse ciclo vicioso pode ter implicações sérias para a saúde mental dos indivíduos, contribuindo para o desenvolvimento de transtornos como o Transtorno Dismórfico Corporal(admin,+004+Março).
A Influência da Sociedade e os Riscos da Busca pela Perfeição
A sociedade pós-moderna valoriza excessivamente a aparência física, frequentemente associando-a a sucesso social e profissional. Isso cria uma pressão contínua para que os indivíduos modifiquem seus corpos de acordo com padrões de beleza que muitas vezes são inatingíveis. Essa pressão social, exacerbada pelas redes sociais e pela mídia, pode levar a uma busca incessante por procedimentos estéticos, negligenciando os riscos envolvidos e as possíveis consequências para a saúde física e mental(admin,+004+Março).
Os profissionais de saúde e estética têm a responsabilidade de avaliar cuidadosamente cada caso, considerando não apenas os desejos dos pacientes, mas também as implicações éticas e as expectativas realistas. É essencial que os profissionais ofereçam uma orientação clara e sincera, ajudando os pacientes a entender os limites do que pode ser alcançado e evitando procedimentos que possam resultar em danos físicos ou psicológicos(admin,+004+Março).
Considerações Finais
A busca pela harmonização corporal, embora compreensível dentro do contexto social atual, deve ser abordada com cautela. A dopamina desempenha um papel central na motivação para esses procedimentos, mas também pode contribuir para um ciclo de insatisfação contínua. Profissionais da área estética têm o dever de guiar seus pacientes de maneira ética, ajudando-os a alcançar resultados que promovam o bem-estar sem comprometer sua saúde. A beleza deve ser vista como algo único e inerente a cada indivíduo, e não apenas como a conformidade a padrões externos.
Referências:
Rodrigues, F. A., & Martins, T. (2021). Harmonização corporal: dose gradativa de dopamina. Brazilian Applied Science Review, 5(2), 657-665. DOI:10.34115/basrv5n2-004.
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