No mês do fevereiro roxo, a SPR- Sociedade Paulista de Reumatologia alerta para duas doenças bastante comuns na população: a fibromialgia e o lúpus.
Segundo o presidente da Sociedade Paulista de Reumatologia,o reumatologista Rubens Bonfiglioli, a fibromialgia provoca sintomas como dores difusas pelo corpo, fadiga, alterações na qualidade do sono e depressão. As regiões do pescoço, dorsal e lombar são as mais atingidas, porém todo corpo pode ser acometido.
A incidência da doença nas mulheres é maior do que nos homens embora não se tenha uma explicação muito clara para isso, mas parece que existe uma maior sensibilidade àdor no sexo feminino. Mulheres que tem na família casos de fibromialgia tem mais chances de desenvolver a doença.
“A prevenção está ligada ao risco familiar,aos exercícios físicos orientados e contínuos, além de alimentação saudável e ausência de vícios. Um apoio psicológico pode ser importante para aqueles com tendência à depressão ou ansiedade”, destaca o reumatologista.
O especialista alerta que o diagnóstico precoce possibilita o tratamento também precoce o que possibilita maior controle da doença.
Rubens Bonfiglioli destaca ainda que a fibromialgia pode estar relacionada com doenças psiquiátricas, depressão, ansiedade e síndrome do pânico. Além de doenças reumáticas sistêmicas como artrite reumatóide, lúpus, espondilite entre outras.
“Acredita-se que substâncias conhecidas como endorfinas estão diminuídas no organismo das pessoas com fibromialgia. Essas substâncias são regularmente produzidas em nosso sistema nervoso e sua deficiência pode ocasionar as dores bem como depressão, por isso a relação entre elas”, explica o presidente da SPR.
O estresse mental e psicológico pode contribuir negativamente na piora e na dificuldade de tratar a fibromialgia.
Lúpus: doença autoimune que pode matar
Lúpus é uma doença inflamatória autoimune, que pode afetar múltiplos órgãos e tecidos, como pele, articulações, rins e cérebro. Em casos mais graves, se não tratada adequadamente, pode matar. O nome científico da doença é Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES).
O Lúpus pode ser manifestar de váriasformas . As principais são: Lúpus discoide, que fica limitado à pele e pode ser identificado por lesões avermelhadas sem manifestações viscerais; lúpus sistêmico quando a inflamação atinge todo o organismo, comprometendo vários órgãos além da pele; lúpus induzido por drogas e lúpus neonatal, que afeta filhos recém-nascidos de mulheres com lúpus.
Quando procurar o reumatologista?
O médico que tem conhecimento para diagnosticar e tratar essa doença é o reumatologista, porém a maior dificuldade é o paciente conseguir ser rapidamente atendido. Quanto mais precoce for o diagnóstico e o início do tratamento menores os riscos de graves comprometimentos sistêmicos. Mulheres jovens, menos de 35 anos, com dores articulares, lesões avermelhadas na pele, em particular no rosto, que pioram com exposição solar, febre, prostração, perda de peso devem ser vistas rapidamente por reumatologistas ou encaminhada para esse especialista.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é formado com sintomas e sinais específicos já referidos e exames específicos solicitados pelo reumatologistas. Vale a pena ressaltar que é necessário esse conjunto para se ter segurança no dignóstico.
O tratamento do lúpus é mais paliativo e tem por objetivo controlar os sintomas, melhorando a qualidade de vida da pessoa e muitas vezes fazendo desaparecer os sintomas. Isso porque, até o momento, lúpus não tem cura. O tratamento é diferenciado para cada caso, conforme os níveis de intensidade e agressividade da doença.